Pode começar a introdução alimentar com 5 meses?
A fase de introdução alimentar na rotina do bebê é muito esperada por muitos pais e mães, e vital para o desenvolvimento do paladar e o início de um hábito alimentar diversificado. Também contribui com a independência da criança, que passa a contar com outros alimentos além do leite materno.
Dada a sua importância, é essencial que seja realizada no momento adequado, seguindo as orientações do pediatra e respeitando o tempo e os limites do bebê. Devido à expectativa em torno dessa etapa, muitas famílias desejam iniciá-la o quanto antes. Mas será que é seguro? É saudável começar a introdução alimentar aos 5 meses de idade? Confira as respostas para essas dúvidas no artigo a seguir.
Antes de iniciarmos, vale ressaltar, que tanto a Organização Mundial da Saúde quanto o Ministério da Saúde recomendam iniciar a introdução alimentar quando o bebê atinge seis meses e, alguns casos e com orientação do pediatra, pode se iniciar aos 5 meses.
Mas por que exatamente aos seis meses? Nesse período, o sistema digestório do bebê está mais desenvolvido e pronto para receber alimentos.
Como é o desenvolvimento de um bebê de 5 meses?
Um bebê com 5 meses de vida já reconhece melhor a voz, a aparência e o olhar dos pais, responsáveis e familiares mais próximos. Assim, interage com eles através de sorrisos e ruídos feitos com a boca.
A partir do quinto mês, o bebê também passa a equilibrar melhor a cabeça e o tronco, sendo possível se apoiar nas mãos para rolar e se arrastar. Devido à melhor postura, começa a se sentar sem precisar necessariamente de apoio.
Consegue segurar melhor os objetos e brinquedos com as mãos, e é comum que os leve até a boca, por curiosidade. Essa é a forma do bebê explorar o mundo à sua volta.
Ainda que a criança nessa idade já comece a demonstrar alguns sinais de desenvolvimento e relativa independência, sua alimentação deve ser feita exclusivamente com leite materno e sob livre demanda (quando o bebê quiser mamar).
O leite materno é o único alimento necessário para bebês de até 6 meses de idade, pois fornece todos os nutrientes e água que ele precisa para se desenvolver. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva até os 6 meses e, quando possível, que o leite materno complemente a alimentação do bebê até os 2 anos ou mais.
Quando a mãe não pode amamentar, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda o uso de fórmula infantil, de acordo com as orientações do pediatra quanto ao tipo e quantidade.
Nesse caso, é necessário que a criança consuma 700 ml de água diariamente, considerando a água utilizada para o preparo da fórmula, sendo complementada com água pura oferecida ao longo do dia.
Mas afinal, quais os problemas envolvidos em diversificar a alimentação do bebê antes que ele complete 6 meses de idade? Veja mais detalhes no próximo tópico.
Leia também: Introdução alimentar: quando e como iniciar?
A introdução alimentar precoce oferece riscos?
Muitos profissionais da área da saúde infantil do Brasil e do mundo alertam para as evidências de que a introdução alimentar realizada antes dos seis meses pode oferecer riscos à saúde da criança. Portanto, essa prática, se feita antes do tempo, pode ser prejudicial.
Um dos principais problemas de oferecer outros alimentos a um bebê que ainda não completou 6 meses de vida está relacionado ao desmame precoce, que pode prejudicar as funções de mastigação, deglutição, respiração e articulação dos sons da fala.
Além disso, o leite materno é muito eficaz em proteger o bebê contra doenças do trato gastrointestinal, como alergias, irritações e infecções. Inserir na dieta da criança outros alimentos antes que ela chegue ao sexto mês pode comprometer essa proteção e acarretar esses e outros problemas de saúde, devido ao risco de contaminação e exposição de alimentos.
Além dos problemas intestinais, a introdução alimentar precoce também pode favorecer um quadro de sobrepeso e causar desequilíbrio na atividade de funções fisiológicas básicas, como resistência à insulina, metabolismo do colesterol, pressão arterial, saúde óssea e imunológica.
Sendo assim, a maneira mais segura de dar início à introdução alimentar é de fato a partir dos seis meses de idade, respeitando o tempo e desenvolvimento da criança.
Se o seu bebê está para completar seis meses ou se você deseja se adiantar e manter-se informado(a) desde já a respeito de como funciona a introdução alimentar, confira o tópico a seguir.
Como deve ser feita a introdução alimentar?
Com seis meses, o bebê já possui a idade ideal para começar a ter contato com outros alimentos. No entanto, vale ressaltar a importância de que o aleitamento materno se mantenha até os 2 anos de idade.
A alimentação complementar ao leite materno deve ser introduzida lenta e gradualmente, respeitando o tempo e a tolerância do bebê. Algumas crianças podem demonstrar certo estranhamento no início e até recusar determinados alimentos, o que é absolutamente normal, tendo em vista que está tendo contato com algo totalmente novo.
O indicado, nesses casos, é não insistir nem forçar para que a criança coma. Deixe para oferecer novamente o alimento em uma outra ocasião. Segundo o Ministério da Saúde, é necessário oferecer um alimento de oito a dez vezes, em média, até que a criança o aceite.
O ideal é oferecer uma alimentação variada e rica em nutrientes, com proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, ferro, zinco, etc. Sendo assim, é necessário unir representantes dos grupos alimentares principais: hortaliças e frutas, carnes e ovos, cereais, tubérculos e grãos.
Uma alimentação tendo essa composição como base permitirá que a criança tenha energia, proteínas, sais minerais e vitaminas para um crescimento adequado. Até o oitavo mês, e de forma gradual, é orientado introduzir alimentos como ovos, peixes e glúten, de forma a criar tolerância e evitar possíveis alergias alimentares.
Leia também: Quais frutas começar na introdução alimentar do bebê?
O acompanhamento de uma nutricionista pode ser uma boa opção para que o seu bebê sempre tenha uma alimentação equilibrada. Por isso, pode-se encontrar esses profissionais em alguns berçários.
No início do processo, a comida deve ter consistência pastosa, e basta amassar os alimentos com um garfo. A introdução alimentar deve começar com a oferta de duas papas de fruta e uma papa de legumes diariamente durante o primeiro mês.
Após decorrido um mês da introdução, os pais ou responsáveis pela criança podem deixar pequenos pedaços sólidos na papinha, o que é importante, pois ajuda a estimular a mastigação. Chegando na época de completar o primeiro ano de vida, a criança já deverá estar apta para comer a refeição básica da família.
No mais, priorize sempre alimentos frescos, ou seja, evite congelados e processados. Além disso, lembre-se de oferecer água filtrada e fervida nos intervalos das refeições.
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