Como a Pandemia contribuiu para os Diagnósticos de Autismo? Especialista explica!
A Psicóloga Valéria explica que muitos diagnósticos de autismo pós-pandemia podem estar relacionados às mudanças sociais e restrições que as crianças enfrentaram. Ela destaca que crianças nascidas durante a pandemia tiveram interações sociais limitadas, uso constante de máscaras e isolamento, o que impactou o desenvolvimento social, comunicação e comportamento.
O vídeo aborda como essas experiências influenciaram o diagnóstico de autismo e como a interação entre família e escola pode promover o desenvolvimento adequado.
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Como a Pandemia Contribuiu para os Diagnósticos de Autismo?
A pandemia de COVID-19 trouxe uma série de impactos profundos na vida de todos, mas especialmente no desenvolvimento infantil.
Para muitas crianças que nasceram ou viveram seus primeiros anos durante esse período, o isolamento social, as restrições de interação e as mudanças nos padrões familiares tiveram consequências significativas.
A Psicóloga Valéria explora como essas mudanças contribuíram para o aumento dos diagnósticos de autismo, destacando aspectos sociais e comportamentais que foram influenciados pela pandemia.
O Impacto do Isolamento Social no Desenvolvimento Infantil
Durante a pandemia, uma das principais recomendações foi o distanciamento social. Crianças pequenas, que necessitam de interações constantes para desenvolver habilidades sociais, foram privadas dessas oportunidades.
A Psicóloga Valéria explica que crianças que passaram os primeiros anos ouvindo que “não podem se aproximar das pessoas” podem ter desenvolvido um comportamento social restrito e ansioso. Essa falta de contato humano, especialmente em momentos cruciais de desenvolvimento, pode ter distorcido a forma como elas interagem com os outros.
Consequências no Desenvolvimento Social
As interações sociais limitadas, especialmente em ambientes como creches, parques e escolas, causaram dificuldades na comunicação, na habilidade de estabelecer conexões emocionais e no entendimento das dinâmicas sociais. Isso pode ter contribuído para diagnósticos de autismo, já que muitos dos sinais iniciais do transtorno estão relacionados a dificuldades sociais.
Uso Prolongado de Máscaras: Barreiras na Comunicação
Outra consequência direta da pandemia foi o uso obrigatório de máscaras, o que impediu que crianças pequenas visualizassem expressões faciais, fundamentais para o desenvolvimento da comunicação não verbal.
O reconhecimento de emoções, a leitura de expressões faciais e até o aprendizado da fala foram prejudicados. Crianças que não viam o rosto completo das pessoas, por exemplo, tiveram mais dificuldades em aprender a interpretar emoções e sinais sociais.
Comunicação Prejudicada
A comunicação é uma das áreas mais impactadas no autismo, e essa barreira adicional durante a pandemia pode ter exacerbado problemas que, em outros contextos, poderiam ter sido menos evidentes.
Crianças que estavam em fase de aprendizado da fala e da comunicação verbal enfrentaram desafios únicos nesse período.
O Papel das Interações Familiares Durante a Pandemia
A Psicóloga Valéria também discute como, durante o confinamento, muitas famílias tentaram equilibrar o trabalho em casa com o cuidado dos filhos.
Em muitos casos, as crianças passavam a maior parte do tempo dentro de casa, sem a oportunidade de explorar o mundo exterior e sem interações significativas com outras crianças. Isso, somado ao aumento no uso de tecnologia como meio de distração, contribuiu para problemas comportamentais.
A Falta de Interação Física e Social
As interações sociais são cruciais para o desenvolvimento saudável, especialmente nos primeiros anos de vida.
Crianças que ficaram isoladas em casa com os pais, sem contato com outras crianças, tiveram menos oportunidades de desenvolver habilidades sociais, fundamentais para o crescimento emocional e cognitivo.
Essa falta de socialização pode ter levado a um aumento nos comportamentos que são característicos do autismo, como dificuldade em se aproximar de outras pessoas ou estabelecer vínculos sociais.
Mudanças no Padrão Alimentar e Comportamentos Repetitivos
Outro ponto relevante destacado por Valéria é como a seletividade alimentar e o uso de dispositivos eletrônicos tornaram-se comuns durante o período da pandemia.
Crianças que passaram mais tempo em casa tiveram menos variedade de estímulos e, muitas vezes, foram expostas a dietas menos balanceadas e a um aumento no uso de telas como forma de entretenimento.
Esses fatores podem ter amplificado comportamentos repetitivos e restrições alimentares, frequentemente associados ao autismo.
Uso Excessivo de Tecnologia e Seus Efeitos no Comportamento Infantil
Muitos pais recorreram ao uso de celulares e tablets para distrair as crianças enquanto trabalhavam de casa. No entanto, o uso excessivo de tecnologia pode prejudicar o desenvolvimento social e emocional das crianças.
O estímulo visual constante, sem a interação humana, pode reforçar padrões de comportamento mais isolados e dificultar a adaptação a interações sociais.
A Importância da Aliança Entre Escola e Família
A pandemia também trouxe à tona a necessidade de uma parceria sólida entre escolas e famílias no desenvolvimento das crianças. Valéria ressalta que, quando as respostas que a criança recebe na escola são alinhadas com as da família, o desenvolvimento é muito mais positivo.
A falta de consistência nas abordagens em casa e na escola pode confundir a criança, comprometendo sua capacidade de desenvolver um senso de socialização adequado.
O Provérbio Africano: A União para Educar uma Criança
Valéria também menciona a sabedoria de um provérbio africano que diz: “É preciso uma aldeia para educar uma criança.” Isso ressalta a necessidade de uma colaboração contínua entre escola, família e comunidade para garantir que as crianças tenham um ambiente de desenvolvimento saudável.
Na ausência dessa “aldeia,” especialmente durante a pandemia, muitas crianças perderam referências importantes para o crescimento emocional e social.
Diagnósticos de Autismo Pós-Pandemia: Reflexo de uma Nova Realidade
Muitos pais e profissionais de saúde têm observado um aumento nos diagnósticos de autismo após a pandemia. Embora esses diagnósticos possam ser atribuídos a uma melhor compreensão do transtorno e ao avanço das ferramentas de diagnóstico, é inegável que as experiências durante o confinamento impactaram as crianças de maneira única.
A pandemia não foi a causa direta do autismo, mas certamente contribuiu para a intensificação de comportamentos e dificuldades sociais que são características do transtorno. Entender como essas crianças foram afetadas pelo contexto em que cresceram ajuda pais e educadores a abordarem suas necessidades de forma mais empática e eficaz.
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