Como é o Acompanhamento de Crianças com Autismo? Especialista Explica!
Neste trecho do AvivaCast, a psicóloga Valéria explora como o acompanhamento das crianças com autismo, tanto em casa quanto na escola, mudou após o diagnóstico. Valéria aborda a importância de criar um plano de desenvolvimento individual e como o ambiente familiar pode ser ajustado para promover a autonomia da criança.
Ela também fala sobre a colaboração entre família, professores e profissionais de saúde, destacando a necessidade de alinhamento nas orientações e cuidados para garantir o desenvolvimento harmonioso da criança.
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O acompanhamento de crianças diagnosticadas com autismo envolve uma série de cuidados e ajustes tanto no ambiente familiar quanto no escolar.
Este post explora como pais, educadores e profissionais de saúde podem trabalhar juntos para proporcionar o desenvolvimento ideal da criança com autismo, criando um ambiente estruturado que favoreça sua autonomia e bem-estar.
O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)
Após o diagnóstico de autismo, é fundamental criar um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) para cada criança. Esse plano ajuda a definir os cuidados específicos necessários, orientando os pais e educadores sobre as etapas de desenvolvimento que precisam de atenção.
No consultório, o PDI é elaborado em conjunto com os pais e, em alguns casos, com outros responsáveis, como babás. O plano considera as necessidades da criança tanto no ambiente escolar quanto no lar, e serve como um guia para o acompanhamento contínuo.
A Importância da Colaboração com a Escola
O acompanhamento escolar é um dos pilares para o desenvolvimento de crianças com autismo. Psicólogos e pedagogos trabalham juntos para adaptar o currículo e criar estratégias que atendam às necessidades da criança.
A psicóloga Valéria destaca a importância de um trabalho colaborativo, onde todos os envolvidos – psicólogos, professores e pais – estejam alinhados em suas abordagens e orientações. Essa parceria é fundamental para que a criança tenha um ambiente seguro e favorável ao seu crescimento.
O Papel dos Pais e a Delimitação de Espaços
Dentro de casa, os pais desempenham um papel crucial no processo de desenvolvimento. Um dos aspectos mais importantes discutidos por Valéria é o conceito de “contorno”, que significa delimitar os espaços onde a criança pode brincar e interagir.
Ao organizar melhor a casa, os pais podem criar um ambiente onde a criança se sinta segura e saiba o que é esperado dela. Isso evita que a criança se sinta perdida ou sem limites, o que pode gerar comportamentos de frustração e confusão, tanto em casa quanto em outros ambientes, como a escola.
Por exemplo, Valéria sugere a criação de um espaço específico para brincadeiras, como um tapete no quarto com caixas ou baús para organizar os brinquedos. Isso oferece à criança um espaço claro e delimitado para suas atividades, promovendo mais autonomia e organização.
A Sincronização dos Cuidados
Um dos maiores desafios observados é quando diferentes pessoas envolvidas na vida da criança – como pais, avós, babás, professores e terapeutas – transmitem mensagens e orientações contraditórias. Isso pode confundir a criança, dificultando seu desenvolvimento.
Valéria enfatiza a necessidade de todos os responsáveis estarem sintonizados em suas abordagens. Desde as regras da casa até a forma como as orientações são dadas na escola, é crucial que todos falem a mesma língua.
A sincronia entre os cuidados é essencial para garantir que a criança compreenda seus limites, se sinta segura e possa se desenvolver sem grandes barreiras. Esse alinhamento entre casa, escola e acompanhamento terapêutico é o que proporciona uma evolução contínua e saudável.
O Respeito ao Conhecimento Compartilhado
Valéria também aborda a importância do respeito mútuo entre os profissionais de saúde e os educadores.
Ela observa que, em alguns casos, psicólogos acabam impondo suas orientações aos professores, sem respeitar o conhecimento pedagógico. Isso pode prejudicar o desenvolvimento da criança e a parceria entre as partes envolvidas.
O ideal é que a relação seja horizontal, onde todos trabalham em conjunto, compartilhando conhecimentos e estratégias em prol do desenvolvimento da criança.
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