Quando o bebê pode comer chocolate?
O chocolate está entre os doces favoritos de muita gente, principalmente das crianças. Mas será que o consumo dele está liberado para os pequenos?
E no caso dos bebês, pode oferecer um pedacinho de chocolate? A resposta para essas questões está no artigo a seguir. Confira!
A partir de qual idade a criança pode comer chocolate?
Embora ainda não tenham recomendações formais sobre quando introduzir o chocolate no cardápio das crianças, em hipótese alguma o doce deve ser liberado para menores de 1 ano.
Especialistas acreditam que o alimento não deve ser oferecido antes dos 2 anos de idade. Idealmente, estaria liberado só a partir dos três, e em quantidades pequenas, pois como sabemos o consumo de doces deve sempre ser controlado.
Qual o motivo por trás dessa orientação tão rígida? Chocolates possuem uma enorme quantidade de açúcar, especialmente o chocolate ao leite, um dos preferidos dos pequenos, presente nos principais produtos comercializados e o mais vendido durante a Páscoa.
O cacau propriamente dito representa muito pouco na composição do chocolate, justamente por conta do seu sabor amargo. O chocolate só se torna um doce popularmente apreciado por conta dos fabricantes que adicionam bastante açúcar e gordura.
É só a partir dos 3 anos que a criança passa a ter maturidade para entender o que é certo e o que é errado. Isso faz dessa a idade ideal para o início do consumo de chocolate, pois dessa forma fica mais fácil explicar para a criança que não se deve comer doces com frequência, nem sempre que dá vontade. Continue a leitura para entender melhor.
Aprendendo desde cedo
Desde os primeiros anos de vida, é importante que as crianças associem o consumo de chocolates (e outros doces) a situações esporádicas, como festas e aniversários. O chocolate não deve fazer parte da rotina da criança, nem deve ser um produto sempre disponível em casa.
O desafio pode ser ainda maior se os pais da criança gostarem de consumir o doce. Nesse caso, recomenda-se não comer na frente delas, pois é natural que as crianças sintam vontade ao verem os pais comendo, e aí fica mais difícil de recusar, não é mesmo?!
Vale lembrar que os hábitos alimentares são moldados desde os primeiros anos de vida. As crianças aprendem a comer bem vendo os pais e demais pessoas próximas se alimentando de maneira adequada também.
De nada adianta manter a alimentação do pequeno restrita a comidas saudáveis se em sua rotina ele estiver sempre exposto à fast foods e doces.
Qual é o melhor tipo de chocolate?
Sendo realista, chegará uma hora em que não haverá como impedir que a criança experimente chocolate, o que pode acontecer mais cedo ou mais tarde.
O mais indicado é dar preferência ao chocolate meio amargo, que possui menor índice de gordura e bastante cacau, com substâncias benéficas e antioxidantes. Evite dar chocolate branco, pois na sua composição não vai cacau, e é formada praticamente por gordura.
Vale lembrar que itens como castanhas e demais especiarias, que são acrescentados com frequência ao chocolate, são alimentos alergênicos e podem causar crises em algumas crianças, então é preciso sempre atentar para a composição do doce oferecido.
Embora não exista um consenso sobre a quantidade máxima de chocolate permitida por dia, um ou dois quadradinhos já são suficientes para matar a vontade (tanto a das crianças quanto a dos adultos). Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o consumo de doces por parte das crianças deve respeitar o limite de 25 gramas de açúcar por dia.
O chocolate deverá ser oferecido para as crianças no meio da manhã ou no lanche da tarde. Como se trata de um alimento muito energético e calórico, contendo açúcar e cafeína, não deve ser dado durante as refeições principais nem perto da hora de dormir, pois pode influenciar no apetite e no sono da criança.
No próximo tópico, saiba mais sobre os perigos que o chocolate oferece quando consumido em excesso durante a infância.
Quais os riscos do consumo do chocolate na infância?
Por não ver efeitos negativos imediatos (além de uma possível diarreia), muitos pais e mães acreditam que não estão causando nenhum mal aos bebês ao oferecer-lhes um pedacinho de chocolate. Porém, consumir doces numa idade tão tenra pode aumentar os riscos de problemas de saúde a longo prazo.
Além dos perigos envolvendo o consumo excessivo de açúcar na infância, que podem causar doenças crônicas (como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial) e sobrepeso, o chocolate também pode contribuir para o acometimento de cólicas no bebê.
Isso se deve às proteínas do leite, uma vez que este é um dos ingredientes para a fabricação da maioria dos chocolates. A cafeína, substância presente em pequenas quantidades nos grãos de cacau, também pode ter ligação com esse desconforto.
Além disso, o consumo de chocolate e outros doces também pode comprometer o paladar infantil. O paladar da criança possui maior sensibilidade aos sabores doces, e quando em contato com produtos com maiores quantidades de açúcar, pode acabar ficando acostumado com isso, o que faz com que os pequenos se tornem de certa forma “viciados”, procurando com cada vez mais frequência itens cada vez mais doces.
Quanto maior a oferta de alimentos adoçados artificialmente, mais o bebê vai preferir esse tipo de alimento, o que pode dificultar a introdução de outros sabores, gerando um tipo de seletividade alimentar.
Por essas razões o consumo de chocolate durante a amamentação também deve ser controlado. Confira no próximo tópico.
Chocolate para as mamães durante a amamentação
Nos primeiros meses de vida, o recomendável para o bebê é somente o leite materno. À medida que a criança cresce e se desenvolve, os pequenos devem ter contato com alimentos sólidos, o que é aconselhado que seja feito a partir dos seis meses de idade.
Na introdução alimentar, os alimentos são oferecidos primeiramente em espessura de purê, e gradualmente são adaptados conforme a criança desenvolve as habilidades motoras e de mastigação, até que ela possa consumir a refeição da família.
Quanto ao aleitamento materno, recomenda-se que seja mantido até pelo menos os 2 anos de idade.
O Comitê de Aleitamento Materno da Associação Espanhola de Pediatria (AEP) aconselha que as mães que estão amamentando evitem o consumo excessivo de chocolate, assim como do café, chá e bebidas gasosas. Essa recomendação se baseia na ideia de que algumas substâncias podem ser passadas para o bebê através do leite materno.
Em todo caso, consuma o chocolate após realizar a amamentação. Antes disso, seus componentes podem chegar ao bebê através do leite e causar irritação, falta de sono e reações alérgicas.
O desenvolvimento das alergias nos bebês se dá como produto da imaturidade de seu sistema de defesa imunológico, Nos primeiros anos de vida, os ingredientes do chocolate são muito fortes para sua digestão e pode acarretar alergias. Confira a seguir quais são os principais sintomas para prestar atenção.
Quais os sintomas de alergia?
As reações menos graves de uma alergia podem demorar vários dias para aparecer e podem incluir diarreia ou constipação.
Entre os sintomas mais comuns estão urticária, chiado na respiração, dificuldades para respirar e sintomatologia asmática. Alguns outros sinais que podem ser notados são: secreção nasal, espirros, olhos vermelhos ou lacrimejantes, inchaço da boca ou garganta, vômito e diarreia.
Como mencionado anteriormente neste artigo, para evitar que o bebê tenha reações alérgicas, é indicado evitar que ele coma alimentos considerados alergênicos. Vale ressaltar que diante de qualquer dificuldade ou restrição alimentar, o pediatra deverá ser consultado.
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