Quantas vezes por dia o bebê pode comer novos alimentos na introdução alimentar?

Os primeiros anos de vida são formados por fases de desenvolvimento de grande importância, que irão influenciar todos os anos seguintes. São muitas as novidades e descobertas que permeiam a infância, e uma das mais fundamentais envolve o primeiro contato com alimentos sólidos, em um processo chamado introdução alimentar. 

Você sabe quantas refeições por dia devem ser oferecidas ao bebê nessa etapa do desenvolvimento? E quais os novos alimentos que ele pode consumir? Confira a resposta para essas e outras dúvidas no artigo a seguir. 

Quando iniciar a introdução alimentar? 

A indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) a respeito do assunto propõe que a alimentação infantil seja composta exclusivamente por leite materno durante os primeiros seis meses de vida do bebê.

Bebe comendo pitaia
Bebe comendo pitaia

Essa idade é indicada tendo como base uma série de capacidades cognitivo-motoras que a criança com 6 meses já demonstra, tornando-a apta a ingerir alimentos sólidos com segurança. 

É importante respeitar essa indicação para não correr os riscos que tanto a introdução alimentar precoce quanto a tardia podem oferecer. Entre esses perigos, estão questões relacionadas ao sistema imunológico e ao desenvolvimento da criança. 

A partir desse momento é possível e orientado oferecer papinhas feitas de alimentos sólidos, raspados ou amassados com um garfo de forma a obter uma espessura semelhante a de um purê.

Ofereça a crianças, alimentos em forma de papinha
Ofereça a crianças, alimentos em forma de papinha

Conforme a criança se adaptar aos sabores e texturas, faça papas com pedaços maiores de alimento. O aleitamento materno deve ser mantido, se possível, até os 2 anos de idade. 

No próximo tópico, confira mais detalhes de como fazer a introdução alimentar. 

Como deve ser feita a introdução alimentar? 

A oferta de alimentos sólidos e o leite materno em livre demanda garantem todos os nutrientes que a criança precisa até que ela complete pelo menos 2 anos de vida. Vale ressaltar que a introdução alimentar é um processo que deve ser realizado de maneira lenta e gradual, respeitando o tempo e a tolerância do bebê.

Uma alimentação ideal deve ser variada desde a introdução alimentar, rica em nutrientes, com proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, ferro, zinco, etc.

Sendo assim, é necessário unir representantes dos grupos alimentares principais: hortaliças e frutas, carnes e ovos, cereais, tubérculos e grãos.

Mas será que é indicado dar alimentos novos a cada refeição? Afinal, quantas vezes ao dia o bebê pode de fato comer novos alimentos durante o período de introdução alimentar? Confira no próximo tópico.  

Quantos alimentos novos o bebê pode comer por dia? 

Respondendo à pergunta que nos trouxe até aqui, a introdução alimentar deve começar com a oferta de três refeições diariamente durante o primeiro mês: papa de fruta no meio da manhã, papa salgada no almoço e novamente papa de fruta no meio da tarde.

É importante oferecer alimentos diferentes a cada refeição, dando a possibilidade da criança conhecer sabores e texturas variados. 

Criança comendo verduras na introdução alimentar
Criança comendo verduras

Não é necessário seguir horários rígidos para oferecer os alimentos sólidos. Basta que as refeições aconteçam regularmente, com intervalos de duas a  três horas, tempo o suficiente para que a criança sinta vontade de se alimentar.  

É normal que algumas crianças demonstrem certo estranhamento no início e até mesmo recusem determinados alimentos, até porque tudo é novidade.

Como lidar nesses casos? Não insista nem force para que a criança coma, o ideal é deixar para oferecer o alimento novamente em outras ocasiões. Segundo o Ministério da Saúde, é necessário oferecer um alimento de oito a dez vezes, em média, até que a criança o aceite.

Não bata os alimentos no liquidificador, se não a comida fica muito fina. Inicialmente, as frutas devem ser raspadas ou amassadas com garfo, e oferecidas na colher. Com o aprendizado e adaptação da criança, as frutas podem ser oferecidas em pedaços maiores. 

Com o passar do tempo, pedaços maiores serão oferecidos a criança na introdução alimentar
Com o passar do tempo, pedaços maiores serão oferecidos a criança

A papa salgada, a princípio oferecida apenas no almoço, deve ser preparada com legumes e/ou verduras, juntamente com cereais ou tubérculos, carnes ou ovo e feijão, tudo muito bem cozido, amassado no garfo e colocado separadamente no prato para que a criança possa reconhecer.

É importante não misturar os grupos alimentares no prato da criança, pois a apresentação dos alimentos separados possibilita que a criança experimente, identifique e diferencie novas texturas e sabores, discriminando os movimentos de mastigação necessários para cada item.

O ideal é que a refeição salgada contenha um alimento de cada grupo alimentar. Aqui vão algumas sugestões: 

  • Hortaliças (folhas verdes, abóbora, beterraba, quiabo, tomate, cenoura etc.);
  • Cereais e tubérculos (arroz, batata-doce, batata, inhame, macarrão, aipim etc.);
  • Carnes e ovos (frango, peixe, boi, pato, vísceras ou miúdos, codorna, ovos etc.);
  • Grãos (feijão, lentilha, soja, ervilha, grão-de-bico etc.).

Um novo alimento de cada grupo alimentar deve ser escolhido a cada dia para compor a papa salgada. Por exemplo, se um dia o grão ofertado foi feijão, no dia seguinte você pode oferecer grão-de-bico, e assim por diante. 

Quanto às frutas, você pode oferecer duas opções por dia, dando prioridade para aquelas que são ricas em Vitamina A. Nesse caso, também é importante intercalar: se o bebê come maçã e abacate em um dia, ofereça melancia e banana no outro, por exemplo. 

Introdução alimentar: Criança comendo fruta
Criança comendo fruta

Depois de um mês do início da introdução alimentar, os cuidadores podem deixar pequenos pedaços sólidos na papinha, o que é importante pois ajuda a estimular a mastigação. Ao completar sete meses, a criança deverá receber duas papas de frutas (manhã e tarde) e duas papas salgadas (almoço e jantar). 

Até o oitavo mês, e de forma gradual, é orientado introduzir alimentos como ovos, peixes e glúten, de forma a criar tolerância e evitar possíveis alergias alimentares.

Chegando na época de completar o primeiro ano de vida, a criança já deverá estar apta para comer a refeição básica da família. 

Priorize sempre alimentos frescos, evitando congelados e processados, e ofereça água filtrada e fervida nos intervalos das refeições.

A variedade na alimentação é muito importante e deve ser estimulada desde a infância, de modo que a criança aprenda a comer vegetais, legumes, grãos, cereais, tubérculos e frutas diariamente. Esse é o caminho para que ela mantenha uma alimentação balanceada e um paladar diversificado por toda a vida.

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