Pode começar a introdução alimentar com 4 meses?
Muitas mães e pais não veem a hora de iniciar a introdução alimentar de seus filhos. Isso se deve a uma série de motivos, que vão desde a ideia de que essa seria uma forma de incentivar o desenvolvimento da independência do bebê, até a simples possibilidade de apresentar novos sabores, formatos e texturas para que a criança possa explorar.
Com a introdução alimentar, a alimentação dos bebês passa a incluir outros alimentos além do leite materno. É uma fase de adaptação e desenvolvimento muito importante, por isso é fundamental que seja realizada no tempo adequado. Neste artigo, vamos entender melhor quando exatamente seria isso. Boa leitura!
Pode começar a introdução alimentar com 4 meses?
Não! A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam que a introdução alimentar seja iniciada apenas aos 6 meses de vida da criança.
Essa recomendação se dá pelo fato de que, antes dos 6 meses, o sistema digestivo da criança ainda não está totalmente desenvolvido. O trato gastrointestinal de um bebê aos 4 meses pode não ser capaz de processar alimentos sólidos de maneira eficaz, o que pode levar a problemas digestivos.
Além disso, antes dos 6 meses, é possível que seu bebê ainda não tenha desenvolvido habilidades motoras orais e neuromusculares necessárias para comer alimentos sólidos com segurança, evitando situações como a asfixia.
Outro ponto fundamental é que até os 6 meses, o aleitamento materno é suficiente para suprir todas as necessidades do bebê, quando acompanhado por um pediatra.
A importância do aleitamento materno
A principal recomendação com relação à alimentação dos bebês indica que durante os primeiros seis meses de vida sejam alimentados exclusivamente com leite materno. É isso mesmo, nenhum outro alimento e nem mesmo água são necessários durante o primeiro semestre de vida do bebê, pois o leite da mãe é o suficiente para suprir todas as necessidades alimentares e de hidratação.
O leite materno é uma substância altamente nutritiva, rico em proteínas, vitaminas, minerais, gorduras boas e açúcar, além de contar com diversos componentes bioativos, como enzimas, anticorpos e bactérias probióticas que ajudam a sustentar o crescimento e o desenvolvimento saudáveis do bebê. Tal composição é fundamental tanto para a imunidade quanto na formação da sua microbiota intestinal.
Até os seis meses de idade, portanto, o aleitamento materno deve ser exclusivo e não há necessidade de oferecer nenhum outro alimento à criança. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a prática seja mantida pelo menos durante os dois primeiros anos de vida do bebê, ou até quando for possível para a mãe. Idealmente, deve ser oferecido sob livre demanda, ou seja, quando o bebê quiser.
Quando o aleitamento materno precisa ser interrompido antes dos seis meses de idade por alguma razão excepcional, a fórmula infantil é a solução adotada. Assim como o leite materno, ela oferece os nutrientes necessários para os primeiros meses de vida do bebê. Pode ser indicado pelo médico pediatra quando a mãe não consegue amamentar ou quando está realizando algum tratamento durante o qual a amamentação não é indicada.
Veremos a seguir mais detalhes a respeito do momento mais adequado para que a introdução alimentar seja realizada. Continue a leitura.
O melhor momento para realizar a introdução alimentar
Conforme vimos no tópico anterior, a principal indicação a respeito do assunto propõe que a alimentação infantil seja composta exclusivamente por leite materno durante os primeiros seis meses de vida do bebê.
Sendo assim, a introdução alimentar com apenas 4 meses de vida não é indicada, já que é considerada precoce. O ideal é que a criança tenha contato com demais alimentos apenas a partir dos seis meses de idade.
Duas das nossas maiores referências no assunto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), recomendam que a introdução alimentar seja iniciada por volta dos 6 meses de idade.
Indo na contramão dessa orientação, alguns países europeus e outros como os Estados Unidos e Canadá tendem a iniciar a introdução alimentar ainda antes disso, ainda que não exista qualquer comprovação científica de benefícios que isso possa proporcionar para a saúde da criança.
Segundo orientações feitas pelo Comitê Europeu de Nutrição, Hepatologia e Gastroenterologia Pediátrica (ESPGHAN), a introdução alimentar não deve acontecer antes de 17 semanas, e também não deve ser postergada para além da 26ª semana de vida.
Assim como a introdução alimentar precoce, a introdução tardia também pode acarretar em problemas de saúde, entre eles, questões relacionadas ao sistema imunológico e ao desenvolvimento da criança.
Abaixo você confere a opinião da pediatra Dra. Thalita Furlan, a respeito de quando é ideal iniciar a introdução alimentar:
Os principais riscos da introdução alimentar precoce
Profissionais e pesquisadores brasileiros da área da saúde infantil defendem que não há qualquer evidência envolvendo vantagens na introdução de outros alimentos além do leite materno na dieta de bebês que ainda não completaram seis meses de vida. Os riscos, por outro lado, podem ser diversos.
Para começar, crianças com introdução alimentar precoce apresentam maiores riscos de desmame precoce e do desenvolvimento de doenças gastrointestinais, como diarreia. Vale lembrar que o leite materno é um fator protetor muito poderoso contra problemas como o desarranjo intestinal.
Além dos problemas intestinais citados, a introdução alimentar precoce pode potencializar as chances de surgimento de um futuro quadro de sobrepeso, além de interferir em aspectos fisiológicos básicos do funcionamento do corpo, como o metabolismo de colesterol, pressão arterial, resistência insulínica, saúde óssea e imunidade como um todo.
Em geral, a introdução alimentar precoce é considerada uma grande ameaça para a saúde intestinal do bebê, principalmente levando em consideração que o organismo ainda não está devidamente preparado para receber grandes e variadas quantidades de nutrientes.
É importante considerar o risco de contaminação e exposição de alimentos, mas também as limitações motoras e cognitivas de um bebê de 4 meses: nessa idade, o bebê ainda não consegue se sentar sozinho sem apoio.
Essa é a fase na qual a criança já começa a levar objetos à boca como forma de interagir com o mundo ao seu redor e explorá-lo, mas ainda não possui firmeza o suficiente em seus movimentos para vivenciar a introdução alimentar de maneira segura e adequada.
Continue a leitura para saber sobre as principais particularidades que podem interferir em alguns casos.
Cada caso é um caso
Apesar da orientação geral no Brasil ser a de que o aleitamento materno exclusivo deva ser mantido durante os primeiros seis meses da vida do bebê, alguns outros fatores peculiares e únicos podem demandar uma atenção especial para com o assunto.
As condições de saúde e de desenvolvimento da criança e a realidade de cada família são apenas alguns exemplos de aspectos que podem demandar um olhar mais cuidadoso para determinados casos. A introdução alimentar pode e deve ser acompanhada pelo pediatra do bebê.
Além disso, o acompanhamento de um nutricionista pediátrico nesse processo pode ser muito útil, pois ajuda a organizar o planejamento segundo a realidade de cada família. Por isso, se pode achar uma profissional em alguns berçários.
Uma das questões mais comuns envolve a dificuldade da mãe em continuar amamentando em função da necessidade de retornar ao trabalho após o período de licença-maternidade. Muitas mães penam por causa disso, mas a solução pode ser mais acessível e simples do que parece.
Já que a mãe não poderá estar presente para amamentar seu filho sempre que necessário, vale considerar o uso de ferramentas como a mamadeira, copo de transição e colher dosadora, entre outras possibilidades oferecidas no mercado.
Como essa é a realidade de muitas mães brasileiras, as soluções ofertadas são diversas. Se esse for o seu caso também, converse com o pediatra, ele vai te ajudar a procurar a melhor alternativa para você e seu bebê.
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