Quais são os Principais Mitos sobre o Autismo? Psicóloga Especialista Explica!

Neste trecho do AvivaCast, Valéria explica os principais mitos sobre o autismo que ainda precisam ser desmistificados na sociedade. Entre os mitos abordados, ela destaca a visão equivocada de que autistas são incapazes ou têm limitações insuperáveis, esclarecendo que todos têm suas próprias limitações, independentemente de serem autistas.

Ela também menciona o mito de que as mães de crianças autistas estão sempre sozinhas ou que não aceitam o autismo dos filhos, quando, na realidade, muitas mães lidam com essa condição de maneira diferente e com apoio.

Valéria ainda aborda o equívoco de que autistas não falam ou se socializam, explicando que o desenvolvimento de habilidades sociais pode ocorrer de forma única para cada indivíduo.

Outro ponto importante é o mito de que, se um tratamento não funciona, a culpa é do autista, quando, na verdade, muitas vezes o problema está nas estratégias usadas, reforçando a necessidade de adaptação constante por parte dos profissionais.

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O autismo, uma condição neurodivergente que afeta a comunicação, comportamento e interação social, é muitas vezes cercado por desinformação. Infelizmente, essa desinformação gera mitos que podem prejudicar tanto as crianças quanto suas famílias.

A seguir, desvendamos os principais mitos sobre o autismo, com base nas explicações da psicóloga Valéria e complementamos com outras informações essenciais.

1. Mito: Autistas São Incapazes

Um dos mitos mais difundidos é a crença de que crianças autistas são incapazes de alcançar certos marcos, como falar, andar ou ter uma vida independente. Na verdade, o autismo é um espectro e a capacidade de cada indivíduo varia amplamente.

Muitos autistas desenvolvem habilidades extraordinárias e, com o apoio certo, podem ter uma vida plena e produtiva.

2. Mito: Autistas Não Conseguem Socializar

Muitas pessoas acreditam que autistas são incapazes de se socializar ou formar relacionamentos. Embora alguns autistas possam apresentar dificuldades em interações sociais, isso não significa que nunca poderão criar laços ou participar de grupos sociais.

O que se observa é que essas interações podem ocorrer de forma diferente e com estímulos apropriados.

3. Mito: Todas as Mães de Crianças Autistas Estão Sozinhas

Este mito é bastante comum e parte da suposição de que as famílias de crianças autistas, especialmente as mães, são sempre abandonadas por seus parceiros e sofrem sozinhas.

Embora muitas mães possam enfrentar desafios, esse estereótipo não representa a realidade de todas as famílias. O apoio familiar é fundamental, e muitos pais se envolvem de forma ativa no cuidado e desenvolvimento dos filhos autistas.

4. Mito: Autistas Não Falam

Muitos acreditam que todos os autistas são não-verbais. Na realidade, enquanto algumas crianças autistas podem ser não-verbais ou apresentar atrasos na fala, outras desenvolvem habilidades de comunicação verbal ao longo do tempo. Além disso, muitos utilizam formas alternativas de comunicação, como gestos ou dispositivos de comunicação assistiva.

5. Mito: A Terapia é Sempre a Solução Única

Há uma ideia errônea de que o sucesso do tratamento está apenas nas terapias longas e intensivas, como aquelas que envolvem dezenas de horas por semana.

Embora algumas terapias sejam úteis, é essencial garantir que o plano de tratamento inclua a colaboração entre os terapeutas, a família e a escola, oferecendo um suporte holístico. O foco deve ser o bem-estar da criança, e não apenas o cumprimento de uma “carga horária” terapêutica.

6. Mito: Autismo É Causado por Más Práticas Parentais

Infelizmente, muitos ainda acreditam que o autismo é resultado de práticas parentais inadequadas, como falta de afeto ou disciplina. Esse mito, que remonta à teoria desacreditada da “mãe-geladeira”, é prejudicial e estigmatiza os pais. O autismo é uma condição neurobiológica, e as causas são complexas, envolvendo fatores genéticos e ambientais.

7. Mito: Todas as Crianças Autistas Têm Habilidades Especiais

Embora algumas crianças autistas possam apresentar habilidades acima da média em determinadas áreas, como música ou matemática, nem todas têm essas habilidades. Esse estereótipo, frequentemente associado a filmes e séries, ignora a diversidade dentro do espectro autista, que abrange pessoas com diferentes níveis de capacidades e desafios.

8. Mito: O Autismo Pode Ser Curado

Muitos ainda acreditam na existência de uma “cura” para o autismo, o que não é verdade. O autismo não é uma doença, mas uma forma diferente de funcionamento neurológico. Em vez de buscar uma cura, o foco deve ser na aceitação, inclusão e adaptação para atender às necessidades dos autistas.

9. Mito: Crianças Autistas Não Sentem Emoções

Outro equívoco é que as crianças autistas não sentem emoções ou não conseguem expressá-las de maneira adequada. Embora algumas possam ter dificuldade em interpretar ou demonstrar emoções de maneiras típicas, isso não significa que não sintam emoções profundas. Muitas vezes, expressam seus sentimentos de maneiras não convencionais.

10. Mito: O Autismo É Resultado de Vacinas

Apesar de vários estudos científicos terem refutado qualquer ligação entre vacinas e o autismo, esse mito ainda persiste. A desinformação sobre a vacinação causou impactos negativos na saúde pública, levando à queda nas taxas de vacinação. É importante confiar nas evidências científicas para evitar esses tipos de mal-entendidos prejudiciais.

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