Quais são as Caracteristicas do Autismo? Psicóloga Explica tudo Sobre!

Neste trecho do AvivaCast, Valéria explica as características do autismo, destacando como o sistema nervoso de pessoas autistas processa estímulos de forma diferente, levando a desconfortos em ambientes sociais, como em locais barulhentos.

Ela usa exemplos simples para ilustrar como essa neurodivergência afeta a forma como autistas percebem o mundo, destacando que o diagnóstico geralmente é feito por um neurologista, e não por um psiquiatra, devido à natureza neurológica do autismo.

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O autismo, é uma condição complexa que afeta principalmente a maneira como uma pessoa se comunica e interage com os outros. Ele também impacta como a pessoa percebe o mundo ao seu redor.

Um dos conceitos centrais para entender o autismo é a neurodivergência, que descreve como o cérebro de uma pessoa autista processa informações de maneira diferente em relação ao cérebro neurotípico.

O que é Neurodivergência?

Neurodivergência se refere à diversidade natural nas variações neurológicas entre as pessoas. No caso do autismo, a neurodivergência é observada principalmente na forma como o sistema nervoso responde a estímulos ambientais, como sons, luzes e interações sociais.

Por exemplo, pessoas autistas podem ter dificuldades significativas em ambientes barulhentos, pois processam o som de maneira diferente, levando a um desconforto neurológico. Isso pode fazer com que elas precisem de estratégias, como o uso de abafadores de som, para minimizar o desconforto.

Segundo estudos recentes, essas respostas divergentes a estímulos sensoriais estão relacionadas à maneira como o cérebro de pessoas autistas organiza e processa as informações sensoriais. A pesquisa também mostra que as diferenças na conectividade neural entre várias regiões do cérebro contribuem para esses padrões de resposta.

Sensibilidade a Estímulos: Barulhos e Outras Sensações

Como a Valéria exemplificou, muitos autistas podem sentir extremo desconforto com estímulos que não causam o mesmo efeito em pessoas neurotípicas. Um exemplo é o som de alguém arranhando um quadro-negro, que pode incomodar algumas pessoas, mas não outras.

No entanto, para uma pessoa autista, essa reação é muitas vezes amplificada e pode ser desencadeada por uma variedade de estímulos, não apenas barulhos altos. Texturas, luzes, cheiros ou até interações sociais intensas podem gerar desconforto.

Esse fenômeno é conhecido como hipersensibilidade sensorial e é uma característica comum no espectro autista. Estudos sobre processamento sensorial em pessoas com TEA indicam que o cérebro autista pode ter dificuldades em filtrar e priorizar informações sensoriais, o que leva a sobrecargas sensoriais. Isso explica por que pessoas autistas podem evitar certos ambientes ou buscar formas de se regular sensorialmente.

Dificuldades em Ambientes Sociais

Devido à sua neurodivergência, pessoas autistas podem ter dificuldades em ambientes sociais. O processamento de informações sensoriais de forma intensa ou diferente pode tornar desafiador para elas interpretar sinais sociais, como expressões faciais e linguagem corporal.

Isso pode levar ao que é frequentemente percebido como isolamento social, mas que muitas vezes é uma reação ao desconforto sensorial ou dificuldade em lidar com interações sociais rápidas.

Estudos indicam que a dificuldade de interpretar emoções e sinais sociais em pessoas autistas está ligada à forma como seus cérebros processam a informação visual e emocional. A capacidade de reconhecer emoções em rostos, por exemplo, pode ser alterada em diferentes graus, dependendo do indivíduo.

Como o Ambiente Impacta o Autismo

Valéria enfatiza que, para melhorar a experiência e o desenvolvimento de uma pessoa autista, é fundamental que o ambiente ao seu redor seja ajustado para minimizar estímulos que possam causar desconforto.

O ambiente deve promover uma melhor comunicação, socialização e interação, levando em conta as particularidades sensoriais de cada indivíduo. Isso significa que tanto a família quanto a escola precisam estar cientes dessas características e adaptar o ambiente para facilitar a inclusão.

Para concluir

Entender as características do autismo e a neurodivergência é essencial para garantir que pessoas autistas tenham o suporte necessário para se desenvolverem. Ao compreender as sensibilidades sensoriais e os desafios de comunicação que fazem parte do espectro autista, podemos criar ambientes mais acolhedores e inclusivos, que respeitam as necessidades únicas de cada pessoa.

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